
SECRETÁRIO DE ESTADO TRAÇOU LINHAS PARA O SECTOR DA CAÇA
As novas metas para a caça estão definidas e passam pelo envolvimento das universidades e centros de investigação no estudo aprofundado do sector. A mensagem foi deixada no dia 24 na Expocaça, em Santarém, pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas.
Rui Gonçalves foi convidado a presidir à abertura do XIII Encontro Nacional de Caçadores, promovido pela Federação Portuguesa de Caça (Fencaça), e deixou claro que é avesso a grandes reformas.
No seu entender, a caça pode ser um instrumento muito importante para o desenvolvimento do País e para a coesão territorial, mas antes, é necessário obter informação mais concreta sobre o sector.
Gostaria de poder dar um impulso para que as nossas universidades e centros de investigação estudassem mais sobre a caça e a forma de a promover, adiantou o governante.
Com a liberalização das zonas de caça associativa prevista para Setembro deste ano, Jacinto Amaro, presidente da Fencaça, pediu mais condições para os empresários poderem cativar os caçadores estrangeiros. O dirigente apelou ainda à revogação das alterações aos exames para a Carta de Caçador e defendeu a criação de um organismo autónomo para tutelar a caça e a pesca.
Luís Mira, da Confederação dos Agricultores de Portugal, exigiu que os valores pagos pelos caçadores em taxas e licenças revertessem para o sector e apelou à intervenção do Governo na resolução das doenças dos coelhos.
Rui Gonçalves aceitou revogar as alterações à Carta de Caçador, mas ficou-se por aí.
Correio da Manhã de 25.04.05